
Mau Egípcio - Gatil Tebas Uaset

Sobre a raça

Mau Egípcio
O Mau Egípcio é uma raça de gato extremamente elegante descendente de animais originários do Antigo Egito, que eram considerados semideuses em virtude da veneração à deusa Bastet, a deusa protetora das mulheres, da casa e da fertilidade, representada com o corpo de uma mulher e a cabeça de uma gata. Os murais e papiros do Antigo Egito, inclusive os anteriores a 1.500 a.C., apresentam gatos com pintas idênticas aos da raça Mau Egípcio, que são seus descendentes diretos.
No antigo Egito, o gato era venerado, e, segundo a crença popular, o Mau Egípcio descende do gato simbolizado pelo deus Rá e pela deusa Bastet, uma crença que provinha da marca distinta que o animal tem na testa, no formato da letra "M", e que lembra o escaravelho sagrado, símbolo que se vê com frequência na testa dos gatos representados nos murais egípcios. Os antigos egípcios acreditavam que o deus Rá, o “Deus Sol”, se transformava à noite em um felino, retendo os raios do sol em seus olhos que, como em todos os felinos, brilhavam à noite ao refletir a luz, e que todas as noites ele travava uma batalha contra as trevas para que o sol pudesse renascer no dia seguinte.
A maioria dos gatos tem como antecessor o Gato Selvagem Africano (Felis Silvestris Lybica), mas o Mau Egípcio é o descendente mais próximo e o que mais se assemelha ao seu ancestral, sendo a única raça doméstica cuja pelagem é naturalmente pintalgada, por tratar-se de uma raça original e não um híbrido criado por mistura de raças. Assim, é uma raça que permaneceu quase imutável por mais de 3.500 anos. Eles são considerados por vários especialistas como os "avôs" de todos os gatos. “Mau” significa “Gato” em egípcio antigo, certamente uma variação de nosso "miau", e não tem relação alguma com a personalidade do felino. São Miaus Egípcios.
O Mau Egípcio é um gato muito apegado à família e às crianças. É famoso por receber seus donos à porta com abanares de cauda e vocalizações de contentamento e são moderadamente ativos. Ele é considerado o "guepardo" entre os gatos domésticos, por ser o mais rápido entre todos, capaz de correr a incríveis 48 km por hora. Gosta de beber água usando a patinha e é uma das únicas raças de gato que se acostuma com a coleira, contanto que treinado desde cedo. Gostam muito de caçar e de correr para buscar e trazer coisas de volta, assim como fazem os cães. São raros e difíceis de encontrar, em particular no Brasil, onde até o momento somente o Gatil tebas Uaset possui os primeiros exemplares.
Esta raça foi relativamente extinta, no entanto, cruzamentos foram feitos na Europa e nos Estados Unidos para se criarem gatos que apresentem os padrões existentes nesta antiga raça. O ressurgimento da raça remonta aos anos cinquenta, quando a princesa russa Nathalie Troubetskoy, exilada na Itália, se apaixonou pela pelagem única do Mau e importou do Egito uma fêmea, que foi cruzada com um gato italiano. A raça só foi dada a conhecer na Europa quando as crias participaram pela primeira vez de uma exposição de gatos em Roma. Poucos anos depois, Troubetskoy emigrou para os Estados Unidos, onde o apuramento da raça atingiu o seu expoente máximo. No entanto, só quinze anos mais tarde é que ela foi reconhecida oficialmente.
O Mau Egípcio é um gato de porte médio com uma aparência colorida e músculos desenvolvidos. A cabeça é arredondada, com orelhas médias ou largas, sempre alertas e moderadamente pontiagudas. Os olhos são grandes, amendoados, mas sem serem redondos ou orientais, em uma tonalidade verde-clara característica à raça. Possuem uma linha negra em volta dos olhos como se estivessem com maquiagem; e de fato a maquiagem usada pelos faraós egípcios foi inspirada nestes gatos. Os lábios também são negros, o que fica claramente visível quando miam ou bocejam. O corpo é de comprimento médio, com músculos desenvolvidos mas mantendo a sua graciosidade natural, com uma também característica extensão de pele indo do abdômen aos joelhos de suas pernas traseiras. A cauda é longa, com listras alternadas e afunilando ligeiramente na ponta, que deve ser preta. Por se tratar de uma raça original, diferentemente dos híbridos eles são extremamente resistentes e saudáveis, vivendo em média até os quinze anos ou mais.
O Mau Egípcio possui uma atraente pelagem com as pintas características por todo o corpo. O pelo é curto e muito macio, quase como algodão, com fios sedosos e finos. A base do pelo é branca e com apenas as pontas negras, o que lhes dá um tom prateado dependo da luminosidade. As manchas devem ser claramente definidas, e distribuídas de modo uniforme por todo o corpo do gato. Há também os chamados "botões de colete" no peito e barriga.
Há três variantes de cores para esta raça:
Silver (Prata)
Estes gatos apresentam características físicas semelhantes com o pelo curto formado por duas bandas cromáticas, sendo a base branca e as pontas negras, cujo contraste lhes proporciona uma belíssima tonalidade prateada e com as características pintas pretas. Possui cabeça cuneiforme e arredondada. O focinho não deve ser pontiagudo e a testa e o nariz formam um ângulo. Os olhos são grandes, ovais e oblíquos, com a distinta coloração verde-clara e torneadas com a também característica linha negra.
Bronze
A pelagem é também formada por pelos com duas bandas cromáticas, sendo que nestes a base é cor de bronze e a ponta preta.
Fumado Preto (Smoke)
Os pelos têm raízes esbranquiçadas e pontas pretas, provocando um contraste quando se movimenta. Nesta variante, a distinta coloração verde dos olhos desenvolve-se relativamente devagar e em alguns casos apenas numa fase mais adiantada da vida.






